Viajar o mundo parece um sonho distante para quem acha que tudo custa caro. Mas a verdade é que existe um segredo que muitos mochileiros e nômades digitais usam para rodar o planeta gastando muito menos: conseguir hospedagem gratuita em diversos países. E não, não estamos falando de sorteios ou favores. São formas reais, seguras e acessíveis de ficar em outro país sem pagar por hotel, hostel ou Airbnb.

Se você quer saber como isso funciona e quais plataformas estão ajudando milhares de viajantes a economizar, este post é para você.

Por que tanta gente viaja sem pagar por hospedagem?

A hospedagem costuma ser um dos maiores custos em uma viagem internacional. Dependendo do destino, pode representar mais de 50% do orçamento. E é por isso que cada vez mais pessoas estão buscando formas alternativas de se hospedar — sem abrir mão da segurança e do conforto.

Além de economizar, quem escolhe essas opções costuma viver experiências mais autênticas, conhecendo moradores locais, ajudando comunidades e mergulhando de verdade na cultura do lugar.

Principais formas de conseguir hospedagem de graça pelo mundo

1# Trabalho voluntário em troca de hospedagem
Sites como Worldpackers e Workaway conectam viajantes a anfitriões que oferecem acomodação (e às vezes refeições) em troca de algumas horas de trabalho por dia. As tarefas variam: cuidar de animais, ajudar em hostels, ensinar idiomas, auxiliar em projetos sociais, e muito mais.

  • Worldpackers: focado em experiências sociais e hostels, com forte presença na América Latina e Europa.
  • Workaway: mais diversificado, com projetos em fazendas, casas de família e ONGs pelo mundo inteiro.

É possível escolher onde quer ir, por quanto tempo e em que tipo de projeto deseja participar. E o melhor: não precisa ter experiência profissional, apenas vontade de contribuir.

2# House sitting (cuidar da casa de alguém enquanto a pessoa viaja)
Você cuida da casa (e às vezes dos pets) de alguém em outro país enquanto o dono viaja. Em troca, pode morar ali sem pagar nada.

  • TrustedHousesitters: uma das plataformas mais confiáveis do mundo.
  • Nomador: popular na Europa, especialmente na França.
  • MindMyHouse: outra alternativa para quem busca experiências longas.

Ideal para quem busca um ritmo mais tranquilo, gosta de animais e quer economizar com hospedagem por semanas ou até meses.

3# Couchsurfing (hospedagem solidária entre viajantes)
Um dos métodos mais antigos e ainda populares. Você se hospeda na casa de um morador local por alguns dias, sem custo. A ideia é baseada na troca cultural, e não há obrigação de oferecer nada em troca além de respeito e boa convivência.

O site Couchsurfing.com continua sendo o maior nesse formato. É uma ótima maneira de conhecer novas pessoas e culturas, mas é preciso ter responsabilidade e escolher bem os anfitriões — sempre leia os perfis e avaliações com atenção.

4# Troca de casas (house exchange)
Funciona como nos filmes: você troca sua casa com alguém de outro país por um período. Enquanto a pessoa se hospeda na sua casa, você se hospeda na dela.

  • HomeExchange: plataforma segura e popular para quem quer experimentar o estilo de vida de outra cidade ou país sem pagar por hospedagem.
  • LoveHomeSwap: semelhante, mas com foco em famílias.

É ideal para quem tem casa própria ou apartamento fixo e está disposto a receber alguém enquanto viaja.

5# Plataformas de hospitalidade com troca de serviços
Alguns sites combinam ideias de voluntariado com troca de habilidades. Por exemplo, você pode oferecer aulas de português, yoga, fotografia, jardinagem, música e receber hospedagem em troca.

  • HelpX
  • WWOOF (para trabalho voluntário em fazendas orgânicas)

São opções interessantes para quem quer aprender, ensinar e viver com propósito enquanto economiza.

É seguro se hospedar de graça?

Sim, desde que você escolha as plataformas certas e tome os cuidados básicos. Aqui vão algumas dicas essenciais para garantir uma boa experiência:

  • Sempre leia os comentários e avaliações de outros viajantes sobre o anfitrião ou a casa
  • Prefira perfis verificados com histórico positivo
  • Faça chamadas de vídeo com antecedência quando possível
  • Mantenha uma comunicação clara sobre regras, horários e expectativas
  • Tenha um plano B (um hostel ou hotel reservado, mesmo que possa ser cancelado gratuitamente) para emergências
  • Nunca envie dinheiro antecipadamente, a não ser que a plataforma seja confiável e deixe isso claro

Quanto tempo posso ficar hospedado assim?

Depende da proposta e do anfitrião. No Worldpackers e no Workaway, a média é de 2 a 4 semanas, mas há oportunidades de apenas alguns dias ou de meses. Em house sitting, o período pode variar entre 1 semana e até 6 meses.

No Couchsurfing, a maioria das estadias dura de 2 a 5 dias. Já nas trocas de casa, o prazo é combinado diretamente entre as partes.

Preciso saber inglês?

Ajuda bastante, mas não é obrigatório. Muitos anfitriões falam espanhol, português ou estão abertos a se comunicar por aplicativos de tradução. Ter o básico de inglês já facilita muito na conversa inicial e evita mal-entendidos.

Além disso, se você estiver em um país de língua estrangeira, essa é uma ótima chance de praticar e aprender no dia a dia, de forma natural.

É possível viajar o mundo assim?

Sim! Muitos brasileiros estão rodando a Europa, América Latina e até a Ásia usando apenas essas alternativas para se hospedar. Pessoas que viajam por meses ou anos inteiros usam essas plataformas para reduzir custos e, ao mesmo tempo, viver experiências únicas.

Você pode montar um roteiro inteiro apenas com hospedagens gratuitas, combinando diferentes plataformas, experiências e cidades. Tudo depende do seu planejamento, flexibilidade e disposição.

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12 de maio de 2025